A pandemia que flexibilizou o trabalhos em muitas profissões no mundo todo, alimentou antigas discussões como a redução da jornada de trabalho para geração de mais empregos.
Da Redação
É inegável o papel da transformação digital acelerada na ampliação do desemprego, e ao mesmo tempo é ingênuo acreditar que teremos empregos para todos que forem demitidos nessa condição de trabalho.
O tempo nos ensina que não existem soluções simples para problemas complexos e esse é um deles, pois além de cuidarmos da atualização dos que perdem seus empregos, é preciso entender que apenas reciclar desempregados com programas de treinamento não é suficiente, logo é necessário ficarmos atento a algumas regras de contratação, seja na sua carga de horário ou no seu local de trabalho.
Nesses momentos muitas são as reflexões que surgem nessa relação, postos de trabalho e tecnologia, e jornada de trabalho e empregos.
Vejamos então, se o desenvolvimento tecnológico permite um esforço menor, então qual a razão de nos sentirmos ainda mais cansados?
Afinal se o desenvolvimento da tecnologia permite níveis cada vez mais elevados de produtividade, qual a razão de levarmos trabalho para as nossas casas?
Afinal, se a automação contínua destrói diariamente mais empregos, então por que não reduzimos o número de horas trabalhadas para conservarmos mais postos de trabalho?
O início do fim das restrições pandêmicas em muitos países está trazendo consigo um debate mais do que razoável: a possibilidade de, a partir da experiência desenvolvida durante períodos de confinamento, otimizar de uma vez por todas as condições de trabalho de muitos funcionários.
Segundo um estudo da Comissão Europeia, atualmente 37% dos empregos no continente europeu poderiam ser realizados remotamente. Logo, pense no seguinte: mais pessoas trabalhando em casa significa uma mudança no trânsito, com ganhos de produtividade na locomoção para todos, bem como alteração de parte do eixo econômico para os bairros, o que significa uma melhor distribuição do fluxo da renda. O que representa mais atividade no bairro com tempo para academias, cursos e pais que podem levar e buscar seus filhos no colégio a pé.
Pela mesma pesquisa esses índices alteram de acordo com o nível econômico de cada país, sendo 27% na Romênia e 54% em Luxemburgo e 34% na Espanha.
Esse debate nesse instante de volta ao trabalho é fundamental para reter talentos, pois certamente esse diferencial será considerado pela mão de obra mais qualificada e que agrega mais valor para sua empresa.
Nesse instante não faltam recursos tecnológico para o trabalho a distância para parte significativa da mão de obra. É óbvio que isso não é para todas as funções.
Fica cada vez mais claro que o trabalho do futuro não terá nada a ver com engarrafamentos ou trabalhadores sentados em uma cadeira por quase 8 horas.